lado do Iapurá. A retirada, porém, não foi apressada. Tiveram tempo os que a efetuavam de ver um indivíduo de cor branca e cinco negros transporem as paliçadas e, chegando à porta da cozinha, arremessarem-se a ela manejando fouces. Na frente da casa findou-se o combate, depois de sucessivamente rolarem por terra dous paraenses, Ruperto e dous inimigos, mortos, e outro destes feridos, e quando o último dos malfeitores fugiu, entregando com o campo a vitória ao último dos verdadeiros defensores de Eustáquio.
O padre Jorge chegara-se para o ferido. Abrindo-lhe o peito da camisa, descobriu um golpe profundo que lhe dera a faca do paraense. O desgraçado malfeitor estava perdido. Acreditando que o ferido desejava beber água, o padre Jorge, levantando-lhe com uma das mãos a cabeça, com a outra aproximou-lhe um copo da boca. O bandido moveu convulsamente as pálpebras e lançou ao sacerdote um olhar de rancor.
— Beba! insistiu o padre Jorge. O miserável fechou então os olhos e voltou bruscamente a cara. Quis vomitar alguma blasfêmia... Só pôde expelir uma onda de sangue e soltar um grunhido cavernoso, o seu último suspiro.
O padre Jorge depôs entristecido a cabeça do morto no soalho e dirigiu-se para Eustáquio, que, sem ver o que se passava na sala, estava abraçando comovido seu dedicado defensor. O marido de Branca, ao aproximar-se o padre Jorge, separou-se do paraense e prestou ouvidos a umas marteladas aterradoras que retumbavam pela casa. A porta da cozinha era atacada ainda pelos golpes de fouces dos