do dia vai ser assaltada pelos miseráveis, que são em numero de nove ou dez."
— É medonho! balbuciou o padre.
— Não é só isto. Os bandidos pretendem roubar para o chefe... Quem?! a minha pobre Rosalina... Infeliz criança!
— Eustáquio, acreditas que eles ousem?
— Acredito, sim! Nunca pensei que eles se atrevessem a escalar-me grades em pleno dia e entretanto a coitada da Rosalina, na janela da casa, escapou de ser morta... por milagre!
"Morreria, se não fosse a intervenção de um salvador misterioso."
O sacerdote prendeu melhor os óculos e continuou atento.
— Eles, que têm a coragem de penetrar quase nas minhas salas, podem facilmente assaltar-me... Mas, meu padre, vai se fazendo dia, e eu quero receber convenientemente os meus inimigos, por isso adeus. Entrei aqui para descansar e já estou pronto.
O padre tomou a mão de Eustáquio, não tanto para saudá-lo como para prendê-lo e não o deixar sair.
— Eustáquio, disse ele, tu não irás sem que eu vá também.
"Tens somente seis contra nove ou dez. É pouca gente. Eu serei mais um dos teus. E talvez não seja ainda suficiente."
— Oh! Sois um sacerdote e não contais a Providência, que deve estar do meu lado?!