Sem conceder um só olhar ao belo docel de verdejantes ramagens que se recurvava sobre elas, desembarcaram dez ou doze pessoas. Sob a direção de um homem branco, as outras, que eram escravos, entregaram-se ao trabalho de descarregamento da sua barcaça. Grandes volumes foram depositados nas ribas até o amanhecer do dia seguinte.

Durante a noute repousaram os viajantes da penosa navegação pelo rio e, despertando-se com os passarinhos, começaram uma arrojada travessia pelas avenidas agrestes de uma floresta onde pela primeira vez penetrava o homem da civilização.

Avançaram diretamente para o norte e, só depois de avistarem através do arvoredo as lisas águas do lago Aiamá rutilando à luz solar, modificaram a direção, seguindo para o oeste. Foram-se muitos dias antes de findar-se essa viagem que parecia sem rumo.

Afinal, chegando a um montículo rodeado de elegantes palmeiras e vicejantes árvores, o homem branco ordenou que aí se fixasse residência.

Tinham lugar estes fatos dous anos antes dos que narramos nos primeiros capítulos deste livrinho.

O aventureiro, coadjuvado pelos escravos, fez edificações e, sem dar satisfações senão a si próprio, principiou com ardor a cultivar o solo. Os progressos da fazendola foram rápidos.

Os trabalhos, presididos pelo senhor, eram admiráveis e havia a mais completa harmonia entre este e os seus escravos. Assim correram as cousas durante um ano.

Entrou novo ano. As insofríveis agruras do clima decidiram