— Meu filho, – disse o padre – ajoelhemo-nos.
Ambos caíram prostrados aos pés da infeliz louca, que entregava a alma ao Criador.
O sacerdote murmurava com melancólico acento o salmo dos defuntos; mas o comendador o não compreendia; porque Úrsula morria, e ele tinha sido a causa. A dor e o remorso tiraram-lhe os sentidos, e caiu por terra.
O padre não deu fé desse acidente e continuou a orar fervorosamente. E a oração dos seus lábios subia ao céu como nuvem de incenso que por muito tempo ondula em torno do altar e sobe até Deus.
Era o perfume, que precedia à alma da donzela.
E ela, nesse transe supremo, cruzou as mãos sobre o peito, apertando nesse estreito abraço a florzinha seca de sua capela, murmurou — Tancredo! –E com os lábios entreabertos, e onde adejava um sorriso divinal, e como um anjo deu o último suspiro.