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VI

 

seus versos, vulgares e insignificantes, profanavam o altar erguido por Augusto Comte á Poezia, quando a proclamou a mais nobre e a mais elevada manifestação do espirito humano. Chegou a ganhar-lhes aversão. Ao mesmo tempo que se penitenciava, em publico, de haver militado no jornalismo, a si mesmo se condenava no seu fôro intimo como autor de versos imperdoaveis. Todo voltado para a admiração intransijente e escluzivista dos Grandes Poetas, aferrolhou a sete chaves a sua lira, e procurou esquecer que perpetrara as Ardentias e o Relicario, afóra outros pecados, veniais ou de menos vulto, esses, porque tinham sido dispersados na publicidade efemera da imprensa periodica, ou se conservavam no estado inofensivo de manuscritos.

Durou mais de cinco anos essa situação de espirito. Passados eles, recaiu o autor no jornalismo e nos versos, dous vicios de que se julgára definitivamente corrijido. Em idade já proveta, quando já dobrava o cabo dos trinta anos, voltou a correr atraz das rimas — como se tivesse quinze e corresse atraz de borboletas... Em 1902 publicou o