poemeto Rosa, rosa de amor... Em 1908, os Poemas e Canções. O acolhimento feito pelo publico e pela critica a esses dous livros, sobretudo ao ultimo, surprehendeu-o; e, com injenuidade o confessa, deu-lhe de seus proprios versos uma ideia muito mais alta do que nunca tivera.
A simpatia do publico é, de certo, mesmo para os artistas menos dotados de vaidade, o melhor dos estimulos, e o mais preciozo dos tezouros. Vendo-se acolhido com tanto favor, poz-se o autor a reler com outros olhos os versos da sua mocidade: sob o efeito de uma sujestão algum tanto similhante a uma suave embriaguez, pareceram-lhe tais versos melhores do que até então lhe tinham parecido. Acreditou, relendo-os, que não se distanciavam muito, sinão pela idade, daqueles que o publico recebêra com simpatia e a critica com aplauzo. E rezolveu-se a reunil-os em volume, com a esperança de que essa resurreição deles, do esquecimento em que jaziam para a publicidade em que hoje surjem, fosse, senão um titulo, uma nova ocazião pelo menos á simpatia benevola, mas tão desvanecedora sempre, dos lei-