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TRES AMORES

I

Douda esperança fôra, se a tivera
A de possuir-te, ó bem que não se alcança,
Inacessivel bemaventurança
Que o meu dezejo sonha e não espera!

Este infeliz amor se dilacera
A si mesmo; e não morre, e não descança:
Sofre, e treme do alivio que a mudança
Do mal — em bem talvez peior — trouxera.

Sim, no meu triste cazo, confundidos
Se encontram, sem remedio e sem socorro,
O bem e o mal, do afeto e dos sentidos;