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as conferencias entre elle e João Maximiliano Delangle.» Ruão, David Jeuffroy. 1618 em 8.º[1]

Este escripto, attribuido pelo douto bibliographo ao nosso missionario, bem puderia não ser devido á sua propria penna, porem prova o apparecimento de outra obra mais desenvolvida, e a existencia de serias discussões oraes entre elle e os dissidentes. Mais agradaveis sem duvida lhe foram sinceras discussões, que havia pouco tempo teve com Japi-Açu na Ilha do Maranhão, onde as continuas predicas feitas no Forte de S. Luiz, em presença de grande assembleia de indios, somente eram interrompidas pela severa polidez, que lhes prescrevia escutar o orador em quanto quizessem que elle fallasse, circumstancia, diga-se de passagem, que bem poderia em algumas occasiões enganar um zeloso missionario sobre o exito de seos esforços.

Ivo d’Evreux então achava-se a braços com um dos homens mais firmes e mais estimados entre os protestantes, e o escripto do Religioso foi denunciado ao parlamento.

João Maximiliano de Baux, senhor de Langle, era um ministro, joven, ardente, natural de Evreux como o Padre Ivo, morador em Quevilly, pequena Cidade de 1:500 a 1:600 habitantes á pequena distancia de Ruão.[2]

Ignoramos qual o objecto da discussão, e embora todas as nossas deligencias não vimos uma só peça do processo, porem é certo que o ultimo escripto, revelado pelo Sr. Frère, excitou de maneira notavel a attenção da autoridade, porque em 8 d’Abril de 1620 proferio o parlamento uma sentença

  1. Vide Bibliographia Normanda.
    Derigimo-nos directamente á douta officiosidade do Sr. Frère afim de obtermos o conhecimento do Supplemento necessario, porem apesar de constantes investigações vio-se na impossibilidade de nos dar outras noticias alem das que colhemos em sua excellente obra.
  2. Quevilly, Clavilleum, povoação do Senna inferior, distante de Ruão apenas 6 kil. e faz parte do districto de Grande Couronne.