— 228 —

no outomno, que elle suspendia nos braços para passar no hynverno os alagadiços do valle, — essa querida imagem não o abandonára nunca.

Nunca!.. nem quando as pennas d’amor, nem quando as suas glórias — mais esquecidiças ainda! — pareciam absorver-lhe todos os sentidos, e todo o sentimento de seu coração.

A saudade, a memoria de Joanninha, suavemente impressa no mais puro e no mais sancto de sua alma, resplandecia no meio de todas as sombras que lh’a obscurecessem, sobreluzia no meio de qualquer fogo que lh’a allumiasse.

Uma luz quieta, limpida, serena como a tocha na mão do anjo que ajoelha em innocencia e piedade deante do throno do Eterno!

Mas, no mesmo dia em que chegou ao valle, quasi na mesma hora, cheio d’aquella luz, mais viva e animada agora pela proximidade do foco d’onde sahia... n’essa mesma hora, ir incontrar alli, n’aquella solidão, entre aquellas árvores, á tibia e seductora claridade do crepusculo...