mãe Eva ás grades do paraizo terreal. O combate
de Achilles e Heitor, das hostes argivas com
as troianas, não tinha sido mettido n’um chinello
pelas batalhas campaes dos anjos bons e dos anjos
maus á metralhada por essas nuvens. Dido
chorando por Eneas não tinha sido reduzida a
donzella choramigas d’Alfama carpindo pelo seu
Manel que vae para a India...
Realmente o seculo estava muito atrazado: Milton não se tinha ainda sentado no logar de Homero, Shakspeare no de Euripedes, e lord Byron acima de todos: emfim não estava ainda anglizado o mundo, portanto a marcha do intellecto no mesmo terreno, é tudo uma miseria.
Ora pois, o nosso Camões, creador da epopea, e — depois do Dante — da poesia moderna, viu-se atrapalhado; misturou a sua crença religiosa com o seu credo poetico e fez, tranchons le mot, uma semsaboria.
E aqui direi eu com o vate Elmano:
Camões, grande
Camões, quam similhante
Acho teu fado ao meu quando os cotejo!
Vou fazer outra semsaboria eu, n’este bello