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faz estabelecer os mais absurdos encadeamentos de matérias e disciplinas nos seus anos ou séries.

Gostava Gonzaga de Sá muito de revistas. A variada instrução que recebeu, e o seu gosto policrômico permitiam-lhe seguir, sem esforço, a anarquia dos seus artigos. Assinava a Revue, o Mercure, a Revue Philosophique; mas, de todas, a Revue des Oeux Mondes é a que mais queria e citava.

Não apreciava as nossas, muito chics, disse-me ele. Abria, entretanto, exceção para as obscuras e para os jornais ilustrados meteóricos. Havemos de saber mais tarde a sua opinião a respeito.

Pelo livro, acompanhava o movimento das letras pátrias, com vivo interesse mas sem paixão.

Lia o Figaro e repetia, em francês e de cor, várias pilherias do Masque de Fer.

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Nos meus primeiros encontros e com ajuda de informações daqui e dali, foi o que logo percebi em Gonzaga de Sá. Durante meses tive dele esse croquis; mais tarde as linhas se foram firmando, o perfil ressaltando, e obtive, segundo creio, um razoável retrato.