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superior vai o Barão influindo nas nossas letras.

— E com espírito!.. Ah! o Barão!

Gonzaga de Sá não pôde deixar-se ficar no êxtase que esse título lhe provocava apesar de achar o Paranhos, como ele chamava às vezes o ministro, uma mediocridade supimpa, fora do seu tempo, sempre com o ideal voltado para as tolices diplomáticas e não com a inteligência dirigida para a sua época. Era um atrasado, que a ganância das gazetas sagrou e a bobagem da multidão fez um Deus. O que Gonzaga admirava era o título dado pelo Imperador. Por essa ocasião, ao pensar eu nisto, repimpado em um luxuoso automóvel de capota arriada, passou, com o ventre proeminente atraído pelos astros, o poderoso ministro de Estrangeiros. Ao ver através das grades do jardim passar o Barão, desdenhoso e enjoado, Gonzaga de Sá me disse:

— Este Juca Paranhos (era outro modo dele tratar o Barão do Rio Branco) faz do Rio de Janeiro a sua chácara... Não dá satisfação a ninguém... Julga-se acima da Constituição e das leis... Distribui o dinheiro do Tesouro como bem entende... É uma espécie de Roberto Walpole... O seu sistema de governo é a corrupção... Mora em um palácio do