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VII

Pleno contacto

 

Quando fui á Secretaria dos Cultos tratar da questão do Cardeal, falei em primeiro lugar, como era natural, com o director geral dos cultos catholicos, o Barão de Inhangá. Era um velho funccionario do tempo do Imperio que se fizera director e Barão, graças ao seu nascimento e á sua antiguidade de funccionario. Homem intelligente, mas vadio, nunca entendera daquillo nem de coisa alguma. Entrára como chefe de secção e durante as horas de expediente o seu maximo trabalho era abrir e fechar a gaveta da sua secretaria. Foi feito director e, logo que se repimpou no cargo, tratou de arranjar outra actividade. Em falta de qualquer mais util aos interesses da patria, o Barão fazia a toda hora: e a todo o instante a ponta no lápis.