Fabiano, sinha Victoria e os meninos iam á festa de Natal na cidade. Eram tres horas, fazia um grande calor, redemoinhos espalhavam por cima das arvores amarellas nuvens de poeira e folhas seccas.
Tinham fechado a casa, atravessado o pateo, descido a ladeira, e pisunhavam nos seixos como bois doentes dos cascos. Fabiano, apertado na roupa de brim branco feita por sinha Terta, com chapeo de baeta, collarinho, gravata, botinas de vaqueta e elastico, procurava erguer o espinhaço, o que ordinariamente não fazia. Sinha Victoria, enfronhada no vestido vermelho de ramagens, equilibrava-se mal nos sapatos de salto enorme. Teimava em calçar-se como as moças da rua — e dava topadas no caminho. Os meninos estreavam calça e paletot. Em casa sempre usavam camisinhas de riscado ou andavam nus. Mas Fabiano tinha comprado dez varas de panno branco na loja e incumbira si-