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Graciliano Ramos

pou-a com o saca-trapo e fez tenção de carregal-a bem para a cachorra não soffrer muito.

Sinha Victoria fechou-se na camarinha, rebocando os meninos assustados, que adivinhavam desgraça e não se cançavam de repetir a mesma pergunta:

— Vão bulir com a Baleia?

Tinham visto o chumbeiro e o polvarinho, os modos de Fabiano affligiam-nos, davam-lhes a suspeita de que Baleia corria perigo.

Ella era como uma pessoa da familia: brincavam juntos os tres, para bem dizer não se differençavam, rebolavam na areia do rio e no estrume fofo que ia subindo, ameaçava cobrir o chiqueiro das cabras.

Quizeram mexer na taramela e abrir a porta, mas sinha Victoria levou-os para a cama de varas, deitou-os e esforçou-se por tapar-lhes os ouvidos: prendeu a cabeça do mais velho entre as coxas e espalmou as mãos nas orelhas do segundo. Como os pequenos resistissem, aperreou-se e tratou de subjugal-os, resmungando com energia.

Ella tambem tinha o coração pesado, mas resignava-se: naturalmente a decisão de Fa-