ça; Fabiano levava no hombro a espingarda de pederneira; Baleia mostrava as costellas atravez do pêlo escasso. Elle, o menino mais velho, cahira no chão que lhe torrava os pés. Escurecera de repente, os chiquechiques e os mandacarus haviam desapparecido. Mal sentia as pancadas que Fabiano lhe dava com a bainha da faca de ponta.
Naquelle tempo o mundo era ruim. Mas depois se concertara, para bem dizer as coisas ruins não tinham existido. No girau da cozinha arrumavam-se mantas de carne secca e pedaços de toucinho. A sede não atormentava as pessoas, e á tarde, aberta a porteira, o gado miudo corria para o bebedouro. Ossos e seixos transformavam-se ás vezes nos entes que povoavam as moitas, o morro, a serra distante e os bancos de macambira.
Como não sabia falar direito, o menino balbuciava expressões complicadas, repetia as syllabas, imitava os berros dos animaes, o barulho do vento, o som dos galhos que rangiam na catinga, roçando-se. Agora tinha tido a idéa de aprender uma palavra, com certeza importante porque figurava na conversa de sinha Terta.