aborrecido para a senhora e para mim.

— Para o senhor?

— Para mim.

Iaiá apertou-lhe a mão com força.

— Vá, disse; também tenho de lhe dizer alguma coisa grave; mas ouçamos primeiro a sua explicação.

— Oh! custa pouco, acudiu Jorge. Escrevi o esboço da carta por me parecer que podia ser-lhe agradável. Lembra-se que uma vez me havia falado naquele sentido? Duvidei mais tarde, e disse-lho. Contudo, havia tanta incerteza e contradição entre suas palavras e ações, que não era difícil supor alguma coisa; há paixões que começam assim caprichosamente. A carta era um meio de dizer ao pretendente que seus suspiros podiam não ser inúteis. Era isso; só isso. Confesso que adotei o papel mais passivo, desinteressado, e, não sei até se... creio que a senhora já o qualificou de ridículo. A forma podia não ser grave, mas a intenção era afetuosa, e se merecia um riso, também merecia um aperto de mão. Esboçada a carta, não a mandaria sem mostrá-la; foi o que fiz; mas sua reprovação foi tão eloqüente, que me fez cair em mim e reconhecer que a carta era demais.