alguns contrastes; mas o que é que não concilia o tempo? Esqueça o que lhe disse a tal respeito; e assentemos não falar mais de semelhante assunto. Provavelmente não escreverei nada; é duro dizer a um homem que todas as suas esperanças são vãs.
— A paz do meu espírito não valerá esse sacrifício?
— Vale mais; posso fazê-lo.
Iaiá refletiu.
— Não, não é preciso; não lhe diga nada; ele há de entender tudo.
Como fizessem uma pausa longa, viram duas ou três pessoas, que passavam em baixo, olharem para cima com certo ar curioso e indiscreto. Jorge ergueu-se.
— Estamos dando na vista, disse ele; hão de supor que somos dois namorados.
— Sente-se, disse Iaiá em tom intimativo. E continuou: — Que perde o senhor com isso? Dirão que não tem mau gosto em amar uma moça bonita.
— Se dissessem que éramos dois namorados, erravam decerto, porque eu sei... eu suspeito que a senhora ama a outro. Uso dos meus direitos de confidente, exigindo que me diga a verdade.
— Toda, respondeu Iaiá, e era esse o ponto