Paulo não era simplesmente um pintor, era um moço cheio de inteligência e que seria tão grande na carreira a que seu falecido pai primeiramente o destinara, como na que tinha abraçado - se no Brasil fosse real essa proteção que se diz prodigalizar às artes.

Dotado de uma inteligência que, malgrado seu, sobressaía modéstia do gênio, aos 20 anos artista, se não perfeito ao menos o melhor que podia sê-lo naquela idade e à custa de seus próprios esforços, todo ele dedicado à sua família, Paulo mereceu a estima e amizade do comendador.

Restabelecido, o comendador visitava-o muitas vezes; Emília já era muito amiga de Henriqueta (era este o nome da irmã de Paulo); aquela já gostava de ver, sem ser por curiosidade, todos os trabalhos do jovem pintor, e este já não era o mesmo Paulo que dantes cantarolava tão contente enquanto ia compondo as suas tintas, ou delineando suas paisagens.

De dia para dia foi parecendo menos alegre do que dantes, e só a custo já se lhe via um sorriso.