Referências bibliográficas
1) Nome do autor: coloca-se primeiro e em letras maiúsculas o sobrenome (simples ou composto) e, depois de uma vírgula, os prenomes inteiros ou apenas suas iniciais:
- CANDIDO, Antonio
- SALOMON, D.V.
- VARNHAGEN, Francisco Adolfo de
- BUARQUE DE HOLANDA, Sérgio
- AGUIAR E SILVA, Vitor Manuel de
Se a obra for de coautoria dupla, citam-se os dois autores, usando o mesmo critério:
- BILAC, O. e PASSOS, G. Tratado de Versificação. 8.ª ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1944.
Se existirem mais de dois autores, já convém citar apenas o primeiro, seguindo da expressão et alii (e outros) ou, conforme o caso, acrescentar as abreviaturas org. (organizador), coord. (coordenador), comp. (compilador), ed. (editor):
- DUBOIS, J. et alii. Retórica Geral. São Paulo: Cultrix/USP, 1974.
- COUTINHO, A. (org.) A literatura no Brasil. Rio de Janeiro: Sul Americana, 1969. 5 v.
Se se quiser destacar apenas o trabalho de um autor numa obra coletiva, a citação é feita da seguinte forma:
- BREMOND, C. A Lógica dos Possíveis Narrativos. In: (Vários) Análise Estrutural da Narrativa. Petrópolis: Vozes, 1972. p. 110-135.
Se a obra for anônima, a entrada é dada diretamente pelo título:
- CHANSON de Roland. Paris: Morri, 1948.
Se a publicação for coletiva, cita-se em letra maiúscula o nome da entidade:
- CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO. Curitiba: Associação Publicitária do Paraná, 1979.
2) Título da obra: deve ser reproduzido da forma como se encontra no trabalho referenciado, inteiramente sublinhado ou usando uma grafia diferente (negrito ou itálico), colocando em maiúscula apenas a letra inicial da primeira palavra e os nomes próprios e científicos. Se o trabalho contém um subtítulo, este deve ser citado apenas se apresentar elementos importantes para compreender a natureza do assunto tratado:
- D’ONOFRIO, Salvatore. Literatura Ocidental: Autores e Obras Fundamentais. 2.ª ed. São Paulo: Ática, 1990.
A obra pode encontrar-se publicada ou inédita (dissertações e teses), ser um livro ou um artigo de revistas, jornais, boletins, anais. Neste caso, o que deve ser posto em maior destaque ou grafado inteiramente em letras maiúsculas é o nome do periódico, enquanto o título do artigo pode ser colocado entre aspas ou em grafia diferente:
- BEIRÃO, M.F.S.F. Vivência do Espaço e do Tempo na Criação Artística. Revista de Psicologia Normal e Patológica, São Paulo, ano 16, n.º 2, p. 103-108, abr.- jun. 1970.
3) Lugar e tempo da editoração: é preciso deixar claro, além de quem deu à luz um trabalho científico, também onde e quando. A ordem normal é colocar, logo depois do nome do autor e do título da obra, o nome da cidade e da editora, seguidos, em algarismos arábicos, do ano da publicação:
- ECO, Umberto. Como se Faz uma Tese. São Paulo: Perspectiva, 1996.
As coisas, porém, não são sempre tão fáceis. Há numerosos problemas que dificultam o conhecimento de dados importantes, especialmente em se tratando de livros antigos, impressos quando não havia exigências editoriais e a ciência da informática ainda sequer balbuciava. A referência bibliográfica apresentada acima, por exemplo, parece completa, mas não o é: pode levar ao engano um leitor de pouca cultura, não sabendo que o autor é italiano e a obra, uma tradução. Mas a ignorância não é só do leitor: em 1970, aproveitando o sucesso do filme Fellini: Satyricon, a editora Civilização Brasileira, do Rio de Janeiro, lançou uma nova tradução do romance de Petrônio, escrevendo na contracapa Do Original Francês (sic!): Le Satyricon. Ora, será que a equipe técnica de editoração desconhecia que o texto original é latino e não francês e que o tradutor tinha feito a tradução em língua portuguesa, tendo como texto de base a tradução francesa do original de Petrônio, escritor romano? E por que fazer uma tradução de segunda mão, quando existiam e ainda existem no Brasil bons conhecedores da língua latina? Apesar deste erro imperdoável, tratando-se de uma editora bem conceituada naquela época, não citar o tradutor, como fizemos, é uma grande injustiça que se faz ao esforço intelectual de uma transcodificação. Portanto, a referência deveria ser mais esclarecedora, trazendo pelo menos o nome do tradutor:
- ECO, U. Como se Faz uma Tese. Trad. do italiano por Gilson César Cardoso de Souza. São Paulo: Perspectiva, 1996.
Há casos em que é necessário citar também o nome original da obra, a cidade do país estrangeiro e as datas da primeira edição na língua original e daquela traduzida. Quando um livro teve mais de uma edição, é preciso indicar a publicação exata a que se faz referência:
- AGUIAR E SILVA, V. M. de. Teoria da Literatura. 3.ª ed. Coimbra: Almedina, 1974.
Se a obra for publicada em várias partes, o número dos volumes deve aparecer no final da referência bibliográfica:
- CARPEAUX, O. M. História da Literatura Ocidental. Rio de Janeiro: O Cruzeiro, [s.d.] 8 vs.
Pode acontecer que, na contracapa do livro, estejam omissos elementos importantes. Colocam-se, então, entre colchetes, as siglas das expressões latinas correspondentes à falta: [s.n.] = sine nomine, para a ausência do nome da editora; [s.l.] = sine loco, quando não aparece o nome da cidade; e [s.d.] = sine data, quando falta o ano da edição.