Como sofria de insônia, escrevi a um conhecido médico perguntando qual o melhor narcótico que ele conhecia, ao que me respondeu: "Caro Josbem: Há trinta anos que sou médico e sempre tenho empregado como narcótico o ópio, a codeína (derivado da morfina) e outros. Mas há poucos meses, lendo a Enciclopédia do Riso e da Galhofa, encontrei lá a seguinte anedota: "EMENDA PIOR QUE O SONETO - Um escritor escreveu no primeiro capítulo dum seu livro - outras coisas; na impressão, saiu "oltras coisas"; e o editor pôs na Errata "ostras coisas". Isto é o que se chama emenda pior que o soneto."

Ao acabar de ler essa "anedota", um irresistível sono apoderou-se de mim, e quando acordei vi que estava ali um narcótico mais poderoso que quantos conhecesse a medicina. Tenho-o empregado com admiráveis resultados em quem sofre de insônia, e é de fácil aplicação, porque basta ler duas ou três vezes. Vou mandar felicitar o Sr. Pafúncio Semicúpio Pechincha, autor de tão maravilhosa descoberta (assinado) Dr. Mebsoj".

Nunca empreguei esse narcótico como manda a fórmula desse médico, porque desde esse dia basta lembrar-me das anedotas do tal Pafúncio para que a insônia fuja espavorida. Josbem, 1896

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