Vou rio abaixo vogando
No meu batel e ao luar;
Nas claras aguas fitando,
Fitando o olhar.
Das aguas vejo no fundo,
Como por um branco véo,
Intenso, calmo, profundo,
O azul do céo.
Nuvem que no céo fluctua,
Fluctua n′agua tambem;
Se a lua cobre, á outra lua
Cobril-a vem.
Da amante que me extasia,
Assim, na ardente paixão,
As raras graças copia
Meu coração.