E outra opinião dos filósofos foi aquela dos Acadêmicos[1], cujo fundador foi Pirro, de quem foram chamados filósofos pirroenos, sendo que foram os primeiros a introduzir a noção de incompreensibilidade de todas as coisas, para assim (estarem preparados para) elaborar um argumento com os dois lados da questão, mas ele não afirmam nada com certeza; porque não há nada compreensível ou verdade sensível, mas que elas pareciam aos homens serem assim; e que todas substâncias estão em um estado de fluxo e mudança, e que nunca continuam na mesma (condição). Alguns seguidores dos Acadêmicos disseram que ninguém deve declarar uma opinião sobre o princípio de qualquer coisa, mas simplesmente fazer a tentativa disso; enquanto que outros acrescentaram a fórmula “não antes”[2] (este do que aquele), dizendo que o fogo não é mais do que fogo que ateia fogo a qualquer coisa. Mas eles não declaram o que é, mas que tipo de coisa é essa[3].

  1. Ver Diógenes Laércio, Vidas X, 63, Bohn' Library; Pltuarco, De Placitis Philosophorum, iv. 3.
  2. Diógenes Laércio, Lives, ix. 75; Sextus Empiricus, Hypotyp., i. 188-192.
  3. Isso é aquilo que os Acadêmicos chamam de "o fenômeno" (Sextus Empiricus, Pyrrh. Hyp., i. i9-22).