Agora devemos explicar as opiniões de Simão[1], um nativo de Gita, um vilarejo na Samaria; e provaremos que seus sucessores, tomando-o como ponto de partida, esforçaram-se (para estabelecer) opiniões parecidas, diferindo apenas no nome. Este Simão era um adepto da feitiçaria, como quando fazia muitos trambiques, parcialmente de acordo com a Trasímedes, como já explicamos anteriormente[2], e também fazia com a assistência de demônios, o que perpretava sua vilania, tentando se deificar. Ele era um enganador, cheio de malícia, e os apóstolos o reprovaram em Atos[3]. Com muito mais conhecimento e moderação que Simão, Apseto, o Líbio, considerava-se eloqüentemente um deus na Líbia. E o seu sistema lendário não apresenta nenhuma grande divergência do desejo desordenado do coitado do Simão, então devemos fornecer um explicação dele, como o melhor tentativa feita por esse homem.

Notas editar

  1. Ver Irineu, Hæres., i. 19, 20; Tertuliano, Præscript., c. xlvi.; Epifânio, Hæres., xxi.; Teodoreto, Hæret. Fab., i. Agostinho, De Hæres. Ver a apologia de Justino Mártir que diz: “Havia um samaritano, Simão, nativo de um vilarejo chamado Gito, que, no reinado de Cláudio César, e na cidade real de Roma, fez atos de mágica, em virtude da arte dos demônios operando nele.” A história de Simão e suas doutrinas são largamente discutidas em Recognitions of Clement.
  2. No quarto livro da série.
  3. Atos 8:9-24.