Eu não sei por que te amei Sá Zeferina
E por que foi que eu te encontrei, madita sina!
É tão forte esta paixão, é tão infrene
Que eu pareço um lampião de crerosene!

A sua cor amorenada inté parece
Com o moreno da cocada, que endoidece!
Eu me sinto desgraçado, ai podes crer
Porque eu vivo apaixonado por vancê!

Seu cantor da madrugada vancê me disse
Tanta coisa apaixonada, ai que tolice!
E eu não sei arrespondê, pru Deus que não
Proque vou comprometê meu coração!

Eu não sei por que te amei Sá Zeferina
Pro que foi que eu te encontrei ali na esquina!
Queima os nossos corações de amor perene
Semos dois, dois lampião de crerosene!

Esta obra entrou em domínio público no contexto da Lei 5988/1973, Art. 42, que esteve vigente até junho de 1998.


Caso seja uma obra publicada pela primeira vez entre 1929 e 1977 certamente não estará em domínio público nos Estados Unidos da América.