Doce de Cajú

Toma-se de uma porcelana ou outro vaso vidrado, com agua até o meio

Sobre o liquido espreme-se metade de um limão.

Isto feito, descasca-se o cajú, que deverá ser maduro, empregando-se nessa operação uma faca bem amolada, de modo que esta apenas levante a pellicula que envolve o fructo e seja a mesma retirada com o auxilio dos dedos pollegar e indicador.

A' proporção que o cajú é despido da pellicula exterior é mergulhado ou depositado dentro da porcellana.

Depois disto, tomam-se os cajús, um a um, introduz-se lhe um palito de madeira[1] e esprême-se, sem que se retire todo o liquido.

Antes disso, secciona-se ou corta-se com a faca o orifício superior, para retirar a parte escura de contacto com a castanha e o mesmo se pratica na parte inferior.

Tem-se, pois, o caju, preparado para ser deitado na calda, que deverá ser preparada em panella vidrada.[2]

O fructo é ahi cosido e aguarda se que a calda tome ponto.

Como se vê, o processo é muito simples.

Retirada a panelia do fogo, põe-se a esfriar, e depois é que o doce é distribuído peras compoteiras.



  1. O emprego do palito é preferível, pois o garfo modifica a cor natural do cajú.
  2. É vaso muito conhecido na Bahia.