É uma das refeições mais apreciadas pelo povo bahiano e ainda pela classe abastada.
Para isso aproveitam-se a unha o beiço, o fato ou intestinos do boi, excepto o rim, o figado e o coração. Os intestinos são lavados cuidadosamente com limão e agua, e depois partidos em pedaços. Com uma faca afiada limpa-se, ou melhor, descasca-se o beiço e o mesmo se faz á unha, mas de modo que se não retire toda a pelle que cobre os ossos. Abre-se a unha ao meio para a lavagem com limão e finalmente é tudo lavado em agua pura.
Isto posto, vai o mocotó ao fogo com agua, sem nenhum tempero. Depois de bem cozido a fogo forte, móem-se o sal, tomate, cebola, alho, cominho, pimenta do Reino e um pouco de vinagre, addicionando-se a isso ortelã e uma folha de louro.
Antes desses temperos, deita-se o toucinho bem lavado e tambem, si se quizer, a linguiça da terra, ou melhor o chouriço português.
Convém advertir que o mocotó deverá ser cozido de vespera, pois é sempre servido ao almoço do dia seguinte, quando se lhe deitam os temperos.