IDEALISMO (sistema filosófico: Kant, Hegel) → Platão

A filosofia é o tempo capturado no pensamento (Hegel)

A palavra "idéia" é de origem grega, significando, conforme a "Teoria das Idéias" do filósofo Platão, o modelo geral de cada coisa ou noção abstrata, preexistente ao espírito humano, que nos permite conhecer a realidade. Os objetos do mundo exterior ou qualquer sensação ou sentimento seriam apenas "fantásmatas", imagens ou reproduções imperfeitas, de essências ultraterrenas, as "formas" universais e perfeitas, que se fazem presentes pela "reminiscência", a lembrança do tempo em que, antes de habitarem o corpo, estavam no mundo das idéias. O Idealismo, como sistema filosófico, está aos antípodas do Realismo, corrente de pensamento que não admite nenhuma forma de transcendência e que teve num outro sábio grego, Aristóteles, discípulo de Platão, seu precursor. O idealismo platônico foi retomado por vários pensadores, ao longo da história da Filosofia no Ocidente, com relevantes variações: as idéias "inatas, claras e distintas" de Descartes; as idéias "simples e complexas" de John Locke (1632–1704); o idealismo subjetivo de George Berkeley (1685–1753), segundo o qual não existe objeto sem um sujeito pensante; o idealismo crítico da "razão pura" e da "razão prática" de Emanuel Kant (1724–1804); o Espírito Absoluto de Friedrich Hegel (1770–1831). O que, de alguma forma, irmaniza os vários tipos de Idealismo é o subjetivismo, a subordinação de toda a existência a um ser pensante, o ato de conhecer sendo um movimento de dentro para fora. Algo só pode existir, se e conforme uma mente pensar nele. Segundo Emanuel Kant, a filosofia tenta responder a estas três perguntas fundamentais: O que preciso saber? O que devo fazer? O que posso esperar?