MARIONETES (forma de representação dramática → Teatro
O nome "marionetes", atividade cênica de origem italiana, deriva da Festa das Marias, uma celebração religiosa da Veneza do século X: doze estátuas de madeira, chamadas marione, acabaram substituindo as doze moças que, ricamente vestidas, saíam em procissão. Mais tarde, os artesãos reproduziram a miniatura dessas bonecas, chamadas de marionettes. O teatro de marionetes é uma especificação do genérico "teatro de títeres": substituir atores por bonecos em representações de caráter artístico ou simplesmente pedagógico é uma forma de atividade teatral que se encontra nas culturas mais antigas — chinesa, japonesa, egípcia. Os gregos chamavam agalmata neurospasta e os romanos de puppae os bonecos movidos por meio de fios. O gênero do teatro de títeres apresenta várias espécies com diferentes técnicas de animação, sendo as mais importantes o de marionetes propriamente dito e o de fantoches. No teatro de marionetes, há bonecos, de altura variada, feitos de madeira mole com juntas articuladas. São vestidos a caráter e movidos por fios manejados por operadores posicionados na parte superior do palco. A marionete mais famosa de todos os tempos foi Polichinelo, palhaço da comédia de arte, corcunda, barrigudo, de nariz longo, vestido com roupas multicoloridas e com barrete. No teatro de fantoche, também chamado de guantes (luvas), a técnica de animação segue o movimento contrário, de baixo para cima: o operador posta-se na parte inferior do palco, acionando os bonecos com os braços erguidos e enfiando os dedos da mão em buracos correspondentes à testa, aos braços e às pernas. Esse tipo de atividade dramática teve grande sucesso na França, onde se criou o Théâtre du Grand Guignol, que mais tarde substituiu os bonecos por atores vivos e introduziu a temática do medo e do melodrama macabro, ao lado do viés cômico.