As unhas perigosas da bronquite
Nas tuas carnes sensuais e moles
Não deixarão que o teu amor palpite
Nem que os olhares pelos astros roles.
É fatal a moléstia. Só permite
Que te acabes por fim e que te estioles.
Sem que em teu peito o coração se agite,
Sem que te animes, sem que te consoles.
Vai se extinguindo a polpa dessas faces...
Mas se ainda hoje em mim acreditasses,
Como no tempo virginal de outrora,
Tu curar-te-ias com pequeno esforço
Das serranias através do dorso,
Pela saúde dos vergéis afora.
Notas
editar- ↑ Existe uma variante do poema também por Cruz e Sousa, com diferenças de apenas sinais de pontuação. Por serem, no entanto, diversas diferenças de pontuação, optou-se por transcrevê-lo em Doente (variante).