VIII
No baile

Flores, damascos... é um sarau de gala.
Tudo reluz, tudo esplandece e brilha;
Riquissimos bordados de escumilha
Envolvem toda a sumptuosa sala.

Moços, moças levantam-se; a quadrilha
Rompe; um suave perfume o ar trescala:
E Flora, a um canto, envolta na mantilha,
Espera que o marquez venha tiral-a...


Finda a quadrilha. Rompe a valsa ingleza.
E ella não quer dansar! ella, a marqueza
Flora, a menina mais formosa e rica!

E elle não vem! Emquanto finda a valsa,
Ella, triste, a sonhar, calça e descalça
As finissimas luvas de pellica!