NUMEROS DO INTERMEZZO
IV

Floresta afóra, alem no encontro das estradas,
     Suicidas sem descanço,
Agitam-se no horror das covas profanadas.
Perto, uma flôr azul desabrocha de manso:
Dão-lhe o nome de flôr das almas condemnadas.

Certa vez, eu lá fui. A noite estava fria;
     O espaço mudo estava.
Á beira de uma cova a flôr azul tremia.
E entre nuvens de crepe, a lua, que passava,
Derramava-lhe em torno a sua luz sombria.