II
Meus cantos, cujo threno
Minh’alma escuta, amargurada e triste,
São repassados de lethal veneno:
De outra fórma não póde ser, querida,
Porque tu espargiste
Sobre a modesta flôr da minha vida
O orvalho do veneno.
Meus cantos, cujo threno
Qualquer sorriso em lagrimas transfórma,
São repassados de lethal veneno;
Não póde ser, emtanto, de outra fórma,
Porque, em meio das cousas mais singelas
Que tenho n’alma, agitam-se, frementes,
Implacaveis serpentes...
E tu, formosa amante, és uma dellas!