VII
Paizagem
Dorme sob o silencio o parque. Com descanço,
Aos haustos, aspirando o finissimo extracto
Que evapora a verdura e que deleita o olfacto,
Pelas alas sem fim das arvores avanço.
Ao fundo do pomar, entre as folhas, abstracto
Em scismas, tristemente, um alvissimo ganço
Escorrega de manso, escorrega de manso
Pelo claro crystal do limpido regato.
Nenhuma ave siquer, sobre a macia alfombra,
Pousa. Tudo deserto. Aos poucos escurece
A campina, a rechã sob a nocturna sombra.
E emquanto o ganço vae, abstracto em scismas, pelas
Selvas a dentro entrando, a noite desce, desce...
E espalham-se no céo camandulas de estrellas.