Morrer.
O homem morre a varejo. A velhinha que visitei hoje, de sessenta e oito annos, está ha mezes na cama, morrendo. Morreu-lhe já a mocidade, morreu-lhe a vista, o ouvido agoniza a memoria e a intelligencia morrem aos centimetros. A carcassa que sobrevive á linda creatura que ella foi, é ella? Não. Apenas residuos, restos do que não morreu. Falta-lhe morrer o coração. A morte arrecada as vidas a varejo...
Esta obra entrou em domínio público pela lei 9610 de 1998, Título III, Art. 41.
Caso seja uma obra publicada pela primeira vez entre 1929 e 1977 certamente não estará em domínio público nos Estados Unidos da América.