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a carne

O cheiro humano masculino que respirara na travesseira de Barbosa fora realmente um veneno para os seus nervos. Sentia-se de novo presa do mal-estar do histerismo antigo. Tinha anseios, tinha desejos, mas anseios, desejos acentuados, visando a objetiva certo. Ela ansiava por Barbosa. Ela desejava Barbosa.

A seus olhos avultara ele, tomara proporções novas, realizara-lhe o ideal. Deixara-se subjugar, dominar pelo físico robusto e nervoso, pela pujante e culta mentalidade de Barbosa.

A fêmea altiva, orgulhosa, mas cônscia da sua superioridade, encontrava o macho digno de si: a senhora se fizera escrava.

Ao ouvir o estrupido dos animais na partida, Lenita abriu a janela, ergueu a vidraça, acompanhou com o olhar os