Editora Brasiliense, em duas séries que representam sua obra completa:[2] saíram em 1946 os treze volumes que compõem a Série Adulta e, no ano seguinte, os dezessete que com-põem a Série Infantil.

A publicação de A Chave do Tamanho que, como já vimos, foi originalmente lança-da em 1942 , parece ter sido neste mesmo ano anunciada por Monteiro Lobato em carta a Purezinha[3], sua esposa: “Hoje é dia importante: vai sair “A Chave do Tamanho”, e mandarei um para aí. Estou com muitas esperanças nesse livro lá fora. Leia e me dê a impressão exata”.[4]

A concretização das muitas esperanças que Lobato dizia alimentar para o livro pa-rece ultrapassar suas expectativas. A obra tem várias edições no Brasil e é, efetivamente, traduzida na Argentina, tal como indica a tabela abaixo:[5]

Título Tradutor Ano Edição Editora Nº de pg. Tiragem Localização

A Chave do
Tamanho

1942 1ª ed.

Cia Ed.
Nacional

193

11.370
ex.*

Biblioteca
Monteiro Lobato

A Chave do
Tamanho*

1945* 2ª ed.*

Cia Ed.
Nacional*

10.051
ex.*

A Chave do
Tamanho

1947 1ª ed. Brasiliense 210

Biblioteca
Monteiro Lobato

A Chave do
Tamanho

1949 5ª ed. Brasiliense 197

CEDAE – FML,
344

A Chave do
Tamanho

1954 6ª ed. Brasiliense 197

CEDAE – FML,
344

A Chave do
Tamanho

1975 13ª ed. Brasiliense

Biblioteca
Monteiro Lobato

A Chave do
Tamanho

1994 40ª ed. Brasiliense 88

La llave del
tamaño

Ramón Prieto

1953 4ª ed.

Editorial Losada

204

CEDAE – FML,
309

Em A Chave do Tamanho, Emília, na tentativa de acabar com a guerra, viaja ao fim do mundo em busca da “casa das chaves” – lugar onde ela imagina que está a chave da guerra para desativá-la. Mas engana-se e desativa a chave do tamanho, alterando, com isso, a estatura dos seres humanos, e destruindo a “civilização clássica”. A “eficácia” da atitude de Emília é grande: apesar de baixar a chave errada, a boneca atinge seu objetivo de acabar com a guerra, como ela mesma constata:

Mas a guerra acabou! Ah, isso acabou! Pequeninos como eu, os homens não podem ma-tar-se uns aos outros, nem lidar com aquelas terríveis armas de aço. O mais que poderão fazer é cutucar-se com alfinetes ou espinhos. Já é uma grande coisa... (p. 11)[6]

372
Proj. História, São Paulo, (32), p. 371-383, jun. 2006