pelo seu quadro, e que êle levara para aquele antro maldito!
Sahia um rancho da casa de jogo; uma rapariga ria e falava alegremente, dando o braço a um rapaz.
De repente, estacou.
— O' coitado! disse ela olha! é o maluco dos 5$000 reis! Éle a mim não me deu azar, mas sempre tem uma telha!
Cahiram 200 reis aos pés do pequeno. Jayme, por um movimento involuntario, olhou, e emquanto o pequeno os apanhava e desaparecia correndo, pensava:
— Se eu tivesse dois tostões!...
A rapariga olhava-o entre compadecida e trocista. Passou-lhe ao pé, e de repente, com uma grande gaiatice, exclamou, segurando-lhe no casaco:
— Este hoje não paga a ceia, com certeza. Só lhe ficou o cotão no bolso... pateta!...
Depois afastou-se a rir doidamente.
Batiam 2 horas da madrugada. O frio era intenso, ao longe soavam ainda as risadas da rapariga...
Começou então a caminhar ao acaso. Batia o queixo n'uma convulsão nervosa. O frio quasi lhe tolhia o passo.
Insensivelmente encaminhou-se para casa. Lá dentro a completa escuridão e a mulher aflicta, sem luz, velando ainda, tinha a certeza d'isso.