seu castigo, zurzido com mão de ferro, na hora marcada pela sua justiça.
O arrependimento entraria, então, no coração de Argemiro.
O bonde tardava e Alice não diminuía o ritmo dos passos. Antes assim; ele gostava de ir andando a pé, atrás daquela figurinha nervosa e fugidia.
Quem tanto se apressa, corre para a felicidade, que para o aborrecimento o passo é tardo. Pensava o negro: “Ela vai para alguma entrevista de amor...”
Isso contrariava-o... e crescia-lhe com essa idéia a raiva pela usurpadora dos seus regalados descansos e da sua autoridade de chefe!
Ela matara o seu prestígio. Viesse quem viesse depois dela, encontraria lançada na casa a semente da desconfiança. Fora um dia o Feliciano, que lia jornais nas cadeiras do amo, com deliciosos charutos entalados entre os beiços.
Um bonde! E o bonde parou a um gesto de Alice, que subiu para um dos bancos da frente, aconchegando com um arrepio o casaco cor de mel ao corpo friorento.
Feliciano, em pé na plataforma, não a perdia de vista.
No largo do Machado ela desceu e, passando pela frente da igreja, tomou a direção da rua Bento Lisboa.