muito bem entender. Nem a minha mãe seria capaz disto, nesta situação...

– Não te exaltes...

– Meu sogro notou com certeza o meu sorriso amarelo...

– Pobres velhos!

– Só os lamentas a eles! E a mim?...

Assunção não quis dizer a quem mais lamentava, mas a figura pálida de Alice atravessou-lhe o espírito numa auréola de piedade. A sua comissão era muito delicada, e nem sabia por onde começar.

Argemiro passeava agitado pelo escritório, falando entrecortadamente:

– Exatamente agora, que tenho tanto trabalho... aquele doce sossego... ainda ontem escrevi até as duas horas... Qual!... E aquela mania da comida sem sal?!... E eu que aprecio os salgados... Outra coisa que eu abomino... o cheiro do tal mate queimado! E o senhor meu sogro não dispensa o mate!... logo de manhã cedo é cada xícara! O Feliciano vai rejubilar-se! Se me aparecer com a cara alegre, mato-o!... Se não fossem certas considerações... Ah! os meus livros, tão bem arrumadinhos... Hás de crer? Depois que ela está lá em casa nunca achei uma falta e nem uma traça na minha biblioteca! Antes, era um desespero! O Feliciano