por toda a minha casa; nesta ordem, que me facilita a vida, e no gosto com que ela embeleza tudo em que toca e em que pousa a vista. É uma educada. Afigura-se-me que ela deve ter estudado à sombra de castanheiros ingleses, entre campos de tulipas e jacintos, tão diversa ela me parece dever ser das outras mulheres. Não me digas que é feia. Já sei que o é; mas deixa-me com esta fantasia, que me sabe bem... Aí vem o Adolfo. São os passos dele. É bom que venha cortar este idílio. Os idílios são como os sonhos: também às vezes vêm tarde!... Foi um lindo sonho, o teu!
“Bom! Ele já tem consciência do perigo...” – pensou consigo Assunção.
Adolfo Caldas apareceu entre os umbrais da porta, com as largas faces rubicundas crestadas de sol. Fora a Paquetá por causa de uma mulher. Não valera o sacrifício...
E o serão, passaram-no a falar de amor, de política e de negócios.
No outro dia, às onze da manhã, um carro conduzia os barões e Glória, da Central para as Laranjeiras. Estava um dia, como dizia Eça, arrepiado. Pequeninas nuvens cinzentas em forma de escamas sobrepunham-se no azul do céu. Nas ruas andava gente agasalhada. Um