casa da minha filha. Veja quanto se lhe deve e retire-se hoje mesmo.
Alice, com os olhos engrandecidos pelo espanto e pela lividez nervosa das faces, respondeu, forçando a calma:
– Não conheço a senhora sua filha.
– É demais!
– Considero a casa como do seu genro e só ele poderá dispensar os meus serviços.
– Isso é um atrevimento!
– É uma resposta.
– Bem me diziam que a senhora não era apenas uma criada, mas também a amante de Argemiro!
– Enganaram-na. Nem uma, nem outra coisa.
– Se fosse outra, eu não precisaria dizer tanto, para que já estivesse lá fora! Capacito-me de que realmente a sua companhia é prejudicial à minha neta e não hesito em pô-la na rua. Saia!
Alice não respondeu, fixando os olhos no rosto transtornado da baronesa. E depois, com raiva subjugada:
– E se eu não quiser?...
– Sairá à força. De mais a mais, é cínica!
– Sou honesta. Estou de guarda a um lugar que me confiaram e que defenderei até a morte. Seu genro chega amanhã. Partirei depois dele ter entrado nesta casa. Antes, não! não, não e não!
– Ah, a amaldiçoada! Imagina talvez que