– Não...

– Glória!

– Não...

– Esta menina!

Argemiro olhava para a filha com desgosto. A baronesa interveio:

– Depois do jantar teremos tempo; ela está com vergonha... manda servir o jantar, Glória; depois tocarás...

Glória aproveitou o ensejo e correu para o interior, onde daí a instantes soavam as suas gargalhadas fortes, muito barulhentas.

O pai informou-se, voltando-se para o sogro:

– Como vai ela na leitura?

O velho abanou a cabeça, sorrindo; mas a avó exclamou, dirigindo-se ao Caldas:

– Se ela quisesse! Não imagina o talento que aquela menina tem! Aprende tudo com uma facilidade espantosa, de relance! Mas o diabo é que ela não quer! – asseverou o avô, rindo.

– Ora! não é tanto assim; o sr. Caldas é capaz de pensar que a nossa Glória é uma analfabeta!

– Quase.

– Ora, não digas isso! Ela lê... e escreve... e demonstra muito jeito para a música. Afinal, não se educa para doutora nem para professora. No meu tempo não se exigia tanto...

– Não é razão. A mulher hoje precisa ser