tempo indo ver qualquer delas... Aí tens o jornal, escolhe.
– Não tenho pachorra...
– Eu iria a uma mágica. Contam maravilhas desta – Fada Azul...
– És um homem inocente!
– Sou padre... mas se te não diverte a mágica, vai a outra parte, mas vai! Que diabo! Lembro-te tão bom alvitre e ainda vacilas!
– Vais aborrecer-te...
– Menos do que tu...
– É possível...
– É certo. O teu chapéu está ali... queres que te procure a bengala?!
– Parece-te que estou à espera que me dês com ela no lombo para então sair?
– Já me lembrei disso...
– Se não fosses padre...
– Não proporia zelar tua filha com tamanho interesse...
– Por quê?!
– Porque seria provável que estivesse velando pela minha...
Argemiro levantou os olhos para o padre Assunção, com uma pontinha de espanto, e mal lhe percebeu nos lábios finos um fio sutil de irônica amargura.
– Está bem; cedo-te por instantes o meu lugar e dir-me-ás depois se ele vale a solidão a que te condenaste!...
O padre Assunção