percebendo o criado do pai, correu para ele com um ramo de rosas na mão.
– Você já vai, Feliciano?
– Já, sim senhora...
– Bem; então leve estas rosas a d. Alice!
A baronesa fez um gesto para impedir tal incumbência, mas o barão travou-lhe o braço:
– Deixa-a lá.
– Minha pobre filha – exclamou a baronesa olhando para o céu; – Não sei como hei de defender-te sozinha!
E os olhos encheram-se-lhe de pranto.
– Lágrimas, aí temos lágrimas! Mas, querida, repara que a nossa Glória não ofendeu em nada a memória da mãe e lembra-te também de que, se for verdade o que pensas, o Argemiro é rapaz, não pode guardar a castidade de uma menina... Que mais queres? Amou a nossa filha, fê-la feliz durante a vida e isso basta para lhe sermos muitíssimos gratos.
– Que favor!
– Se ela vivesse, estou certo de que ele lhe seria fiel... mas dela já não resta senão a memória. Os homens são vários, não exijas deles virtudes que não podem ter... Almas imaculadas só as das mães.
– Para mim, Maria existe, sinto-a tão viva na minha saudade, que traí-la me parece uma profanação!
– Exatamente, porque és mãe.