Tinha o mesmo comprimento da anterior e, á primeira vista, a mesma forma; mas seu diâmetro maior fazia seu volume elevar se a 200 metros cúbicos e aumentava de 20 quilos sua forca ascencional. Este ventilador era um leque rotatório, destinado a enviar ar para o pequeno balão interno de ar, cosido no fundo do grande balão como uma espécie de bolso fechado. Toda a manhã, meu balão encheu-se lentamente de gás na estação de balões cativos do Jardim da Aclimação. Por falta de um abrigo, procedeu-se esse enchimento ao ar livre, em condições desfavoráveis, com atrasos, arrancos e interrupções. Aí veio a chuva, e o balão ficou molhado. Que fazer? Esvaziá-lo e perder assim, além do hidrogênio, todo o tempo e trabalho, ou continuar, qualquer que fosse o inconveniente de um envoltório encharcado d’água e demasiado pesado?

Decidi-me pela segunda alternativa. Mal porém me elevei, o mau tempo determinou uma grande contração do gás. O longo balão cilíndrico retraiu-se á olhos vistos. E antes que a bomba de ar acudisse ao inconveniente, dobrado por um forte golpe de vento e pior do que acontecera no "N.° 1", minha aeronave foi se atirar sobre as árvores próximas.