Ah! se pudesse! Mas irrecusaveis eram os mandados da titi! E, por amor do seu ouro, lá tinha d’ir á negra Jerusalem, ajoelhar diante de oliveiras seccas, desfiar rosarios piedosos ao pé de frios sepulchros...
— Tu já estiveste em Jerusalem, Alpedrinha? perguntei, enfiando desconsoladamente as ceroulas.
— Não senhor, mas sei... Peor que Braga!
— Irra!
A nossa cêa com Maricocas, á noite, no meu quarto, foi cortada de silencios, de suspiros: as velas tinham a melancolia de tochas: o vinho anuviava-nos como aquelle que se bebe nos funeraes. Topsius offertava consolações generosas.
— Bella dama, bella dama, o nosso Raposo ha de voltar... Estou mesmo certo que trará da ardente terra da Syria, da terra da Venus e da Esposa dos Cantares, uma chamma no seu coração mais fogosa e mais moça...
Eu mordia o beiço, suffocado:
— Pois está visto! Ainda havemos d’andar de caleche pelo Mamoudieh... Isto é só ir rezar uns padre-nossos ao Calvario... Até me faz bem... Volto como um touro.
Depois do café fomos encostar-nos á varanda