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DO INSTITUTO DO CEARÁ
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des Vieira[1], principal proprietario e redactor do jornal, que em 1840, com a elevação do actual Imperador ao throno, tomou o nome de Pedro II, com o qual ainda hoje se publica.

A 16 de Abril de 1837 Vasconcellos deixou o poder depois de ter firmado no paiz o predominio definitivo da escola conservadora [2].

No Ceará, os caranguejos firmaram tambem seo predominio definitivo, tendo á sua frente Miguel Fernandes, Albuquerque, Machado, Ferreira e outros.


V

Em 1840 sobem ao poder, com o gabinete da Maioridade, de 23 de Julho, os liberaes em todo o imperio, e conseguintemente os chimangos na Provincia.

Mas esse gabinete, não obstante ser composto dos vultos mais proéminentes do partido dominante[3], mal poude viver uns oito mezes, e menos ainda na Provincia, onde a noticia chegára um pouco retardada, de modo que o major João Facundo de Castro Menezes, nomeado vice-presidente, só poude assumir a administração e iniciar a derrubada a 9 de Setembro.

Os chimangos, apenas reassumiram o poder, publicaram, ad instar dos caranguejos, o Vinte e Trez de Julho, da data do novo ministerio.


  1. Nomeado por Portaria de 10 de Fevereiro de 1838, tomou posse no mesmo dia
  2. Biographia de B. P de Vasconcellos cit., Pag. 61.
  3. Este gabinete compunha-se de: Antonio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e Silva, Imperio: Antonio Paulino Limpo de Abreu (Visconde de Abaeté), Justiça; Martim Francisco Ribeiro de Andrada, Fazenda: Aureliano de Souza e Oliveira Coutinho (Visconde de Sepetiba), Estrangeiros; Antonio Francisco de Paula Hollanda Cavalcanti de Albuquerque (Visconde de Albuquerque), Marinha; e Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque (Visconde de Suàssuna), Guerra.