Entretanto vinham-lhe à mente os conselhos e pedidos do noivo, rogando que conservasse o seu amor em mistério! E por sua vez formulava um - por quê? A que não podia dar solução!
A viúva Simões saiu sem se despedir da filha, desceu rapidamente o jardim, compondo sobre o rosto o veuzinho preto e sacudindo com as pontas dos dedos o plastron do vestido. Chegou afadigada à casa da ama.
A pobre mulher recebeu-a de braços abertos, como de costume.
- Uê gente! Como Iaiá veio vermelha! foi a sua primeira exclamação; e logo depois foi-a levando para o sofá, tirou-lhe o chapéu, disse-lhe que descansasse para ir depois fazer lunch, e apontou para o doce de coco em duas compoteiras na mesa.
Ernestina deixava-a falar; estava ainda ofegante, meditando no que devia fazer. De repente:
- Diga, Josefa recebeu o retrato de meu marido, não recebeu?
- Pois então não havéra de recebê? Está no quarto do oratório, mas há de se pendurá aqui, em cima do sofá! Como aquele, é que não há outro homem! Santo mesmo! Não se case mais, Iaiá, que outro assim não acha!
- Cale-se... você nem sabe o que está dizendo!...
- Como não sei? Agora me diga porque