Os degraus já gastos da escada rangiam então ao peso de um comissário vizinho, o João Ramos, e do ensacador Lemos, da rua dos Beneditinos, do Negreiros, da rua das Violas, e do Inocêncio Braga, recentemente associado ao grupo. As duas horas reuniam-se sempre ali para o cafezinho, descansando o corpo e desanuviando o espírito com palestras de seu interesse e do seu gosto.

Nesse dia tinham soado já as duas, quando os negociantes apareceram.

Francisco Teodoro levantou-se e bateu com os pés, desenrugando as calças.

— Homem! vocês tardaram...

— Culpa do Lemos...

E depois:

— O senhor está com a casa repleta!

— Tenho exportado muito café!

— Felizardo! aproveite a época, que não pode ser melhor!

Corria então o ano de 1891 em que o preço do café assumira proporções extraordinárias. O movimento crescia e casas pequenas galgavam aos saltos grandes posições.

— O que eu te invejo, disse o Ramos, único que ousava tratar Teodoro por tu, não é a fortuna, é a mulata que te engoma as camisas!